CELEBRAR A ESPERANÇA

Two-time GRAMMY Award winner and multi-platinum selling artist Lauren Daigle has unveiled an exciting collaboration with GRAMMY nominated Capitol CMG artist Blessing Offor on a new rendition of her beloved single “These Are The Days“. The song, featured on Daigle’s critically acclaimed self-titled album released last fall, has been reimagined with the soulful stylings of Offor, promising a fresh take on this fan-favorite track.

Ouvir e dançar em modo repeat nesta quaresma, no quarto, no duche, no carro , na sala ou na cama aos pulos antes de ir dormir. Mas também no adro da igreja, na sala de catequese ou no lanche com amigas.

Cantar, dançar e rezar. Todos os dias!

Gratidão pelo presente, certos de que enquanto não se alcança o bem, a jornada não terminou!

E há tanto bem para perseguir, nestes nossos dias.

CANTAR O FUTURO COM NOSTALGIA

Passei o artigo do Y e ficou de orelha para ler mais tarde
esta semana, enquanto imaginava um nome para o mês que me falta viver este ano (entretanto cheguei lá – VAGAR)
Slow J emparelhou com a minha manhã
o pendura era Salvador de boa música
o Salomão entretinha-se com rastos de aviões e fantasmas sem abrigo
no banco de trás.

Deixei-os na escola e segui com o SLOW J até Ílhavo,
nunca a viagem percorreu tanto país
tema após tema estou em loop neste AFRO FADO

AÇÕES PÚBLICAS vs PUBLICAÇÕES

As saudades que eu tenho de escrever no blog. O post em branco, escrever, apagar, guardar rascunho, reler e publicar.

Saudades de selecionar fotos, depois das transferências e das pastas criadas, a partir das centenas de fotos do cartão descarregado. E da câmara pesada, sempre a tiracolo na mala.

Agora é tudo muito mais portátil, instantâneo, veloz, automático e facilitado. Eu continuo a esgotar espaços: outrora nas galerias das versões gratuitas de blogs, agora nas galerias dos telemóveis que deixaram de servir para telefonar e despertar e passaram a ser um posto de trabalho e uma ferramenta lúdica.

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Colina de Jalais

de Camille Pissarro

Esta obra de arte estabeleceu o estatuto de Pissarro como pintor inovador da paisagem rural francesa. O quadro de 1867 representa a sua vila a noroeste de Paris. É considerado um dos paisagistas mais importantes do século XIX.

O crítico cultural e autor francês Émile Zola elogiou a sua arte de caraterísticas únicas e descreveu-a como uma ilustração perfeita da moderna pintura de paisagem, demonstrativa de força e de vida.

O seu pai, Abraham Frederic Gabriel Pissarro, era português criptojudeu de Bragança, que, no final do século XVIII, quando ainda pequeno, emigrara com a sua família para Bordéus, onde na altura existia uma comunidade significativa de judeus portugueses refugiados da Inquisição.

Parvoíces de mãe

Era uma terça-feira de manhã de um dia de julho de 2021, o Salomão e o Sebastião seguiam dentro de momentos com o pai para São João da Madeira, para mais um dia de campo de férias. Depois de lhes colocar os cintos e os despachar com mais um beijinho e bater com a porta do carro, não resisto e a sigo a correr atrás do carro, acenando em teatralidades que fariam o vizinho mais atento começar a manhã a rir às gargalhadas.

Antes de os deixar de ver, na dobra da curva da rua do Benavente, não resisto à cena típica para os manter a sorrir durante os primeiros quilómetros: faço de conta que caio e logo me levanto, só para garantir que viram a peripécia…

e viram

e acenaram

e foram a rir, parte da viagem (garantiu o Pedro), deste quadro de parvoíces à mãe que não muda, nem aos 42, e lhes recorda (sempre que possível) que brincar e rir de nós próprios é sempre uma boa forma de arrancar com um dia novo… sobretudo quando há olimpíadas no programa!

Abril, a incógnita

É sexta feira, 4 de Abril. O nevoeiro veio depois do amanhecer. Será o quarto fim de semana de isolamento. Pela frente mais 15 dias semelhantes aos anteriores.

A notificação da manhã dá nota das últimas notícias da noite. Impressionantes nos números. E a dúvida: estaremos nós a ficar indiferentes a toda esta catástrofe de perdas?

Já morreram mais de duas dezenas de pessoas em Portugal 🇵🇹.

“O mundo atingiu esta quinta-feira à noite um milhão de casos da epidemia que começou em Wuham em Dezembro, no dia em que Portugal decidiu renovar o estado de emergência. Num só dia, os Estados Unidos registaram mais de mil mortes e o total de vítimas disparou para mais de 51 mil.

PÚBLICO, 3 de Abril de 2020, 7:49

SUSPENSOS

Desde o dia 9 de março de 2020 que vimos o nosso quotidiano interrompido. Depois de um fim de semana muito feliz e preenchido de trabalho. Sem estarmos convenientemente atentos à rapidez com que a situação ía evoluindo em alguns países europeus, a família foi obrigada, por consciência e solidariedade, a ficar em casa. Fomos apenas os primeiros, de alguns que pelo país começaram a perceber o sentido da palavra quarentena.
A 11 de março,  a Organização Mundial de Saúde qualificou a emergência de saúde pública ocasionada pela doença COVID-19 como uma pandemia internacional, constituindo uma calamidade pública.


E ao longo dessa semana, em que entre os nossos amigos e conhecidos ainda se fazia a vida normal, fomos assistindo ao alastrar da possibilidade de passarmos a ser muitos, de passarmos a ser todos. De Portugal parar.
Assim foi. Dia a dia éramos cada vez mais os confinados a casa. Primeiro suspenderam as aulas e todas as atividades letivas e não letivas, em escolas e creches. E aos primeiros 4 dias de faltas, os estudantes cá de casa somam já 15 dias sem aulas. Estamos em vésperas de férias da Páscoa e sobre o regresso à escola e ao 3º período mantém-se um enorme ponto de interrogação. As planificações, correcções, recados e fichas dos professores dos três têm chegado a um ritmo considerável, garanto. E assim, em 10 dias, passámos a acumular novas funções às poucas que já íamos tendo e não posso deixar de registar (para mais tarde os lembrar  – que nem sempre a vontade dos miúdos e a supervisão necessária os fez cumprir os deveres).
Depois das escolas, a 18 de março, Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, declara o estado de emergência, com fundamento na verificação de uma situação de calamidade pública.

Já lá vão 11 dias de um país a viver em Estado de Emergência. Nós contabilizamos quase o dobro de confinamento a cinco. A quarentena voluntária terminou a 22 de março, mas permanecemos em isolamento social, desde então. Nós e todo o país..

Esta semana, quer eu quer o Pedro, retomámos, parcialmente o trabalho presencial. E que estranho que foi deixar os miúdos, o espaço vital, seguro e amplo, para cautelosamente entrar nesse silêncio ensurdecedor das cidades e dos espaços que conhecemos tão diferentes. Para reuniões onde nos situamos à distância, como se tivesse de um momento para o outro nascido no país, um arquipélago de pessoas ilhas…

Esta semana o Salvador completou 14 anos. Foi tempo de celebrar e agradecer a possibilidade de vivermos a cinco este Estado de Adolescência. 🎢A montanha russa diária de ver um filho adolescer e de lhe deixarmos uma mensagem inscrita neste março de 2020: ” ♥ Parabéns @salvador_carvalho_21 ♥ que este turbilhão incerto que vivemos, por estes dias, possa contribuir para o teu olhar renovado sobre o valor da nossa vida.
Da tua vida, “someone in the crowd”. 

Assim, permanecemos, praticamente sozinhos, ao 3º fim de semana: sem correrias contra relógio, sem almoços de família barulhentos e bons, sem jogo de hóquei e gritos de CENAP, sem as bocas do futebol e a energia do futsal. Permanecemos no nosso Benavente, esta casa no meio do verde de janelas escancaradas ao céu.

Assim, permanecem as discussões no campo de relva, agora impecavelmente aparado, porque o Pedro tem tempo;
Assim, voltámos à preparação da horta e haveremos de plantar e semear para colher e partilhar mais tarde;
Assim, as leituras dos jornais já não se adiam e estão em dia, como as dezenas de números e dados que todos os dias nos chegam atualizados ao minuto;

Assim, a saudade dos abraços e dos encontros avoluma-se e o tempo suspenso trouxe-me aqui de novo. Tal como ao moleskine. Ainda que em ambos fique bastante por escrever, era preciso sublinhar: por aqui  a VIDA CONTINUA, sem MEDO e com amor. Estamos otimistas de que juntos, vamos redescobrir a esperança de novo e prosseguir ainda mais rentes e focados no essencial!

KLAUS E o poder dOS RECOMEÇOS

Uma sexta feira de greve, com chuva miudinha e três miúdos em casa, pedia um programa quentinho de conforto e recolhimento. Assim foi a tarde com “Klaus”, sem pipocas com torradas e chá de limão pelo meio. Gostámos muito do filme e foi uma oportunidade para nos adentrarmos no espírito do Advento que este fim de semana nos convida a recomeçar, atentos aos outros, a cultivar a atenção e a vigilância do coração.

“Klaus: A Origem do Pai Natal” é dos mais recentes filmes originais da Netflix, um filme de animação criado e realizado pelo espanhol Sergio Pablos, co-criador de “Gru – O Maldisposto”. Com um estilo de animação diferente, que combina técnicas tradicionais de desenho 2D com a tecnologia mais avançada.

A história acompanha Jesper, considerado o pior aluno na escola para carteiros, que é enviado pelo seu pai para Smeerensburg, uma ilha gelada sob o Círculo Polar Ártico, onde os habitantes mal trocam duas palavras, quanto mais uma carta. Jesper está prestes a desistir quando conhece a professora Alva. Também descobre Klaus, um misterioso carpinteiro que vive sozinho numa cabana cheia de brinquedos feitos à mão. Estas amizades improváveis fazem com que as gargalhadas regressem a Smeerensburg, criando assim um novo legado de vizinhos generosos, tradições mágicas e meias carinhosamente penduradas na chaminé.

“Klaus: A Origem do Pai Natal” é uma história original de Sergio Pablos, que assume ainda o argumento com Zach Lewis e Jim Mahoney. O filme foi realizado na íntegra nos SPA Studios, em Madrid, com uma equipa de artistas provenientes de mais de 22 países e conta com o envolvimento direto de dois portugueses: Sérgio Martins, Animation Supervisor e Edgar Martins, Supervisor do Story Department.

ELA (ou eu?)

Quando acorda olha para o lado
Se veste bonita pra ninguém
Chora escondida no banheiro
Pras amigas finge que está bem
Mas eu vejo
Eu vejo

Acha que precisa ser durona
Não dá espaço para a dor passar
Tem um grito preso na garganta
Que não está deixando ela falar
Mas eu ouço
Eu ouço

Quase como que anestesiada
Vai deixando a vida carregar
Ela sentiu mais do que aguentava
Não quer sentir nada nunca mais
Mas eu sinto
Eu sinto

Qualquer um que encontra ela na rua
Vê que alguma coisa se apagou
Ela está ficando diferente
Acho que ninguém a avisou
E eu digo
Eu digo

LIVRO – PARA VIAJAR NO TEMPO EM BOA COMPANHIA

Não chegou a uma semana, entre pegar e abrir até concluir a leitura de “Livro” de José Luís Peixoto. Há muito tempo que tal não me acontecia com um romance. Um dos livros que mais me agarrou à leitura nos últimos anos e me fez ter vontade de continuar a ler. Verão fora.
Uma escrita belíssima de uma história sobre os anos da emigração de Portugueses para França, e sobre a forma como empreendiam uma verdadeira odisseia para chegar a um país diferente, procurando o que não conseguiam no nosso país. Um livro onde há sempre margem para a imaginação e onde, surpreendentemente, na segunda parte, e a partir dessa  história  se pensa sobre a literatura, a cultura literária e o que ela pode inscrever na nossa vida.
Livro” é um círculo, um caminho que cria,  acrescenta e enriquece quem o lê. Um livro bonito. Imagem relacionada
Sinopse

“Este livro elege como cenário a extraordinária saga da emigração portuguesa para França, contada através de uma galeria de personagens inesquecíveis e da escrita luminosa de José Luís Peixoto. Entre uma vila do interior de Portugal e Paris, entre a cultura popular e as mais altas referências da literatura universal, revelam-se os sinais de um passado que levou milhares de portugueses à procura de melhores condições e de um futuro com dupla nacionalidade. Avassalador e marcante, Livro expõe a poderosa magnitude do sonho e a crueza, irónica, terna ou grotesca, da realidade. Através de histórias de vida, encontros e despedidas, os leitores de Livro são conduzidos a um final desconcertante onde se ultrapassam fronteiras da literatura.”Livro” confirma José Luís Peixoto como um dos principais romancistas portugueses contemporâneos e, também, como um autor de crescente importância no panorama literário internacional.”

Quetzal, 2011

Foto e sinopse retirados DAQUI.

RECENTE NO #CINEBENAVENTE

A Guerra dos Botões, de Yann Samuel, é um filme maravilhoso que retrata a infância e a importância de pais e professores, na Franca da década de 60. Recomendamos vivamente. Para ver em família!

O filme acompanha a rivalidade entre as crianças de duas aldeias rivais, numa metáfora sobre o que é ser criança, a sua passagem da inocência ao amadurecimento e a preparação para a vida adulta e expõe como esse processo se desencadeia no ambiente social, tendo por base os grupos – escola, família, amigos – como instrumentos de convivência, aprendizagem, formação moral e caráter de identidade, as primeiras  definições de suas vidas e a importância vital para a perfeita integração à sociedade como homens.

O filme adapta um dos livros clássicos da literatura francesa, La Guerre des Boutons, de Louis Pergaud (1882-1915), publicado originalmente em 1912 e, desde 1995, disponível no Brasil pela Editora Ática. O autor, também poeta e antimilitarista, escreveu o romance baseado na realidade de sua pequena Landresse, aldeia no Leste da França, fronteira com a Suiça, cujas tradições são até hoje mantidas.

Informação composta com base na critica publicada em http://blogs.diariodonordeste.com.br/blogdecinema/geral/a-guerra-dos-botoescritica-um-filme-maravilhoso/